Quais são os setores que mais cresceram no e-commerce?

A crise do coronavírus trouxe novos questionamentos para a nossa vida. Impôs modelos que, antes, não eram considerados, como o trabalho totalmente remoto. Algumas empresas até permitiam que o colaborador fizesse um ou mais dias de home office na semana e no mês, mas não tinham esse modelo de trabalho como um padrão.

Outras, por outro lado, se quer tinham uma política de home office, não estavam preparadas estruturalmente para trabalhar dessa forma. Tiveram que correr. O mesmo acontece com as compras online, muitos lojistas eram resistentes com a venda online. Muito por medo, por falta de conhecimento sobre o mercado, mas também porque o cliente prefere comprar em loja física. 

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Uma pesquisa realizada pela Lett e Opinion Box, em 2019, revela que as lojas físicas são as preferidas de 64% dos brasileiros. Porém, para 79% dos entrevistados, a experiência de compra no e-commerce é considerada como boa ou ótima.

Com a chegada do coronavírus no país, medidas de isolamento foram implementadas, obrigando o fechamento de empresas, lojas, restaurantes e diversos tipos de negócios que atendiam o público presencialmente. Isso fez com que os comerciantes tivessem que se reinventar para continuar vendendo e não quebrar.

A demanda por alguns serviços e produtos cresceu, o que acabou estimulando as empresas a investirem mais no atendimento online, tornando-o profissional. Aqueles que utilizavam apenas as redes sociais para vender, começaram a ver no e-commerce uma forma segura e mais dinâmica de atender o público. 

Falamos por experiência própria. Antes da pandemia, apenas 30% dos clientes que atendíamos estavam interessadas em ter um e-commerce. Hoje, 90% querem vender online de forma profissional. 

Isso reflete a necessidade não só de ter um canal mais seguro, mas também um ambiente para armazenar as informações do público, permitindo que sejam usadas para campanhas de marketing, além de permitir que a loja que atendia apenas clientes da sua cidade, consiga atender o país todo. 

As vendas no comércio eletrônico no Brasil cresceram 126,9% apenas no mês de maio, totalizando 23,8 milhões de pedidos. A pesquisa realizada pela Compre&Confie levantou que o e-commerce movimentou R$ 9,4 bilhões durante os dias 1 e 24/05.

Esses dados mostram que o e-commerce oferece um grande potencial de vendas para quem quer crescer. A seguir, você vai ver quais são os segmentos que estão aproveitando o potencial da internet para crescer. 

Veja quais os setores que mais cresceram no e-commerce!

Delivery de comida e supermercado 

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A categoria de delivery foi uma das primeiras a sentir os impactos do isolamento, mas de forma positiva. Proibidos de sair de casa, os clientes passaram a pedir mais comida por meio dos aplicativos. Outros serviços de delivery também cresceram, como de supermercado e os que oferecem múltiplas entregas.

Uma pesquisa da RankMyAPP, mostra que o delivery vinha em queda, desde o início do ano, -5% em janeiro e – 9% em fevereiro, mas em março o crescimento foi de 30%

As startups de aplicativos que atendem esse setor estão sentindo o aumento. A James Delivery, do Grupo Pão de Açúcar, identificou um aumento no número de downloads do app, desde o início do isolamento. O crescimento foi de 80% em março, comparado com fevereiro. Outros aplicativos, que atuam diretamente com restaurantes, supermercados e outros produtos para entrega também identificaram aumento de usuários.

Os aplicativos são intermediários, mas quem vende mantimentos em geral também sentiu o crescimento nas vendas. Salgadinhos, chocolates e outros tipos de snacks estão entre os itens com maior crescimento nas vendas online. O aumento foi de 722%, superando todas as categorias de alimentos, que estavam em alta nas semanas anteriores. O levantamento foi feito pela Criteo e apronta um aumento de 233% na compra de alimentos, em geral, na internet.

Educação à distância

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Escolas e universidades tiveram que suspender as aulas presenciais. Diversos profissionais foram dispensados temporariamente de suas atividades. Com isso, a educação à distância se tornou uma opção para quem precisa continuar estudando e para quem quer se atualizar ou usar o tempo disponível para aperfeiçoar os conhecimentos.

As plataformas de ensino digital e empresas que desenvolvem cursos profissionalizantes online identificaram um aumento no interesse do público. A plataforma de ensino digital ClassIn teve um aumento de dez vezes em sua base de alunos. Antes da pandemia, a empresa recebia o contato de em média 200 mil estudantes por dia. Depois do isolamento, o número subiu para 2 milhões. 

De acordo com dados do Google, a procura por cursos de especialização à distância teve um crescimento de 130% no período da quarentena. A Udemy (plataforma de cursos) revelou um crescimento de 95% no número de matrículas em cursos no Brasil.

Além disso, plataformas como Sebrae, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Universidade de Harvard e Universidade de São Paulo passaram a oferecer mais cursos online e gratuitos. A FGV teve um crescimento de 400% na adesão desses cursos, em comparação com os meses de janeiro e fevereiro.

Jogos e entretenimento online

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O mercado de games está entre os que mais cresceram nos últimos meses. A consultoria Nielsen levantou dados entre 16 e 22 de março, início do isolamento, que mostram o crescimento no consumo de jogos. Comparado com a semana anterior, o crescimento foi de 137%

A Conviva, plataforma que monitora os serviços de streaming, apurou um crescimento de 20% na audiência dos serviços de streaming entre março e maio. Dados da Kantar Ibope Media mostram que o uso de televisões, para assistir aos serviços de streaming, cresceu 33% durante o período de isolamento.

Outros segmentos também conseguiram crescer durante o período de isolamento, mas para isso precisaram fazer grandes mudanças, em seus processos e estruturas. O que mais mudou na empresa em que você trabalha e quais foram os aprendizados que foram tiradas de tudo que o mundo está passando?

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